Tuesday, June 14, 2005

O escritório do pai

Desde adolescente trabalhava na empresa do pai, empresário rico, mais padrasto que pai, o subjugava, humilhava, na frente dos outros funcionários.

Chegava em casa mais cedo às sextas, dia que o pai ia para o clube. Fechava-se no escritório, despia-se e cumpria o ritual profano-fazia discursos obcenos onde o pai era o personagem central.

Saia dalí aliviado.

Sem sucesso com as mulheres, na cama a humilhação se repetia, preferia o sexo oral pago.

O pai, bastante velho, teve um infarto e morreu.

Saiu do velório de fininho, telefonou para uma prostituta, a levou para o escritório e fez sexo até a exaustão.

O pai estava finalmente morto, ele livre e vivo.