Monday, January 09, 2006

Desejo.

Quando cheguei com as flores ela me recebeu com um beijo e um: “Obrigada, querido”. Sumiu, voltou com as flores na jarra de vidro -margaridas brancas.
Na rua com as flores na mão me senti nu, no meio da sala me senti desconfortável, foi a primeira vez que subi.
Veio em minha direção, me beijou abraçando, alegrinha. Quando a vejo assim, leve, meu lado taciturno sobressai. Silencio. Ela perguntou o que foi, “nada, não foi nada”, respondi sem convencê-la.
Então me puxou para o quarto, mandou que me despisse e deitasse, obedeci em silêncio. Continuou vestida, usava uma camiseta branca e short também branco. Eu, nu, diante dela vestida, a dona da situação.
Ajoelhou-se aos meus pés na cama e os massageou. Estes pés tão habituados ao desconforto doem ao serem tocados. Estalou cada dedo, dizendo baixinho: “se solte, vamos, se solte”.
Foi subindo pelas minhas pernas peludas, primeiro me alisou com aquelas mãos pequeninas, depois tocou alguns pontos compenetrada.
Quando me viu entregue, sem resistência, se despiu olhando desafiadoramente nos meus olhos, muito séria.
Estava pronto.
Ela veio, então, deslizando a partir dos meus pés esfregando seu corpo suave e leve no meu até alcançar o que desejava.
Montou até a exaustão.