Thursday, April 19, 2007

Fome de amor

Quando os olhos dele pousaram nos dela depois de tanta ausência, o peito disparou, mal entendeu o que ele disse, queria sair dali o mais depressa possível, recuperar o fôlego. Todos em volta passaram a intrusos. Caminharam em silêncio até o estacionamento. Num acordo silencioso dirigiram-se para o carro dela.
-Senti sua falta, ela disse insegura.
-Precisei viajar às pressas, ele respondeu.
Não disse mais nada, beijou-a, as mãos subindo pelas coxas lisas, buscavam o sexo intumescido.
-Abra mais as pernas, ele dizia.
Minutos depois numa cama de hotel, ela, receptiva, recebia o membro rijo em sua boca como num gesto litúrgico.
Depois abria-se despudorada, morna e úmida. Desta vez não em fantasia. Ele estava ali, os olhos verdes a devorando.